Comunidade de Práticas Catequéticas

Olá, caros amigos!!

Nosso blog vai seguir a metodologia do trabalho cooperativo, pois ele vem resolver os problemas de distancia e de realidades diferentes. Aproveitando que a proposta da internet é justamente esta: superar distancia e diferenças para que todos possam ter acesso a informações, musicas, filmes, dinâmicas, noticias,etc de uma forma democrática e real. Mas este método tem alguns eixos e algumas ferramentas que são importantes e de fácil utilização, então vamos conhecendo-as no decorrer dos nossos trabalhos e encontros. Por hora vamos ficar com o eixo comunidade de práticas, que no nosso caso será comunidade de práticas catequética. Vamos conhecer a proposta?

Boa leitura:

 

Elementos Definidos para a Caracterização de Comunidades de Prática (CoP)

Publicado por: Neli Maria Mengalli

Há três características básicas que definem um grupo como uma comunidade de prática:

1 O domínio - o membro precisa ter uma identidade definida pelo interesse compartilhado. Ser membro significa um compromisso com o grupo e ter competências que diferem seus membros de outras membros. No nosso caso o grupo é formado por membros que estão atuando como catequistas,que já  foram ou tenham idéias para compartilhar com os catequistas.

2 A comunidade- precisa proporcionar interação. Para Wenger, o aprender é um ato social. As pessoas na comunidade de prática são atores que buscam, juntas, formas de superar um problema. Nos buscamos, juntos com vocês, criar o conceito de conhecimento catequético, uma consciência de missão evangelizadora, cujo Cristo é a referencia principal. Acreditamos que o conhecimento catequético é a base para um diálogo catequético espiritual e efetivo. E o facebook e o blog dará a interação que necessitamos.

3 A prática - os membros de uma comunidade de prática desenvolvem um repertório de experiências, histórias e ferramentas, as quais os qualificam para enfrentar certas situações que se tornem recorrentes.O dia a dia da catequese no Brasil, acreditamos, nos dá um universo de experiências e saberes, que nos possibilita enriquecer nossa espiritualidade e nossas práticas como catequistas e ou coordenadores de catequese.Nós já temos este conhecimento catequético em nossas mãos, o que queremos com esta comunidade de práticas catequéticas e fazer com que todos tenham acesso a este conhecimento, a esta prática.

O ponto de intersecção entre os elementos é

a Comunidade de  Prática (CoP), que para obter sucesso necessita que os participantes e a  organização a reconheçam como fonte de construção e gestão de conhecimento. No  entanto faz-se mister a interação com outras pessoas para trocar experiências  no intento de buscar resultados para o domínio que os “conectou”.

A necessidade é que une os membros, junta pessoas  que, quiçá, jamais se “encontrariam”; provoca desafios, acopla interesses, resolve  problemas específicos; estende-se além dos limites da organização; tem uma ecologia  da informação; utiliza tecnologias; versa em desenvolvimento pessoal e de  aprendizado conjunto; tem um ciclo vital; número variável de membros  participativos; a relação deve ter como base a confiança, a contribuição e o  voluntarismo. Segundo Wenger, existem três peculiaridades para que o indivíduo  integre uma Comunidade de Prática (CoP): empreendimento comum ,  envolvimento mútuo e repertório compartilhado (Wenger, 1998).

Todas essas características aliadas à prática na  construção de significados e re-significados que são negociados e re-negociados  a todo o momento no ciclo da comunidade, bem como as práticas tratadas na  esfera da Comunidade de Prática (CoP). Os elementos que têm de ser vistos e re-vistos  são a prática e a necessidade da participação. O “confronto” entre a participação e a necessidade pode  alterar paradigmas por meio de processos de negociação e re-negociação, dessa  forma significar e re-significar ganha “status” para caracterizar a prática.  Além do envolvimento, a responsabilidade em relação às práticas pode definir a  identidade da comunidade, a cada partícipe é verificado o saber de gerir  conflitos, a fim de reconhecer os diversos níveis de participação e de  pertencimento. Tudo isso produz um movimento de aproximação ou distanciamento  do núcleo: Comunidade de Prática (CoP), realimentando a prática através da  interação e do aprendizado.

Tajra inclui elementos importantes em uma comunidade, tais como: estimular a  troca, respeitando os valores pré-estabelecidos; ação conjunta incitando ações  espontâneas; ganhos recíprocos; desequilíbrios com força de oportunidades de  construção e gestão do conhecimento (Tajra, 2002).

Entendimento em relação aos propósitos da comunidade.

A interação com a finalidade de estreitar laços que os unem.

Compreender a dinâmica da comunidade e identificar-se com ela.

Reificação, segundo Wenger (1998), é utilizada como “transformar em algo”. Pode  ser encontrada em dicionários como a transformação de uma abstração em algo  real, um material sólido, visível ou palpável.

Texto escrito em setembro de 2004.

                                              O texto que acabamos de ler, nos da uma idéia do que significa uma comunidade de práticas e podemos perceber que este método se encaixa na nossa realidade e pode nos ajudar no ambiente virtual (internet).A internet ainda é um campo desconhecido por muitos dos nossos irmãos e até peles aqueles que dominam bem a net, pois ela esta em constante evolução. Para acompanhá-la é necessário que o usuário tenha a consciência que a cada dia ele tem que aprender mais para não ficar para traz ou desatualizado. Com mais de 15 anos de coordenação de catequese nas comunidades de base, sempre estamos em contato com inúmeros métodos e temos a oportunidade de ver muitas idéias e projetos sendo realizados e dando frutos. Então com esta idéia, de sempre buscar o novo, vamos nos aprofundar no método trabalho cooperativo e em um de seus eixos que é a:  comunidade de práticas. Este eixo nos dá uma visão que de outra forma não seria possível, que é a possibilidade de estar em contato com todas as realidades da catequese no Brasil. Então como vamos fazer, aqui na nossa forania, para nos beneficiar deste método?

O primeiro passo já foi dado, é o perfil do facebook. Lá temos condições de criar uma agende de atividade e eventos, fazer cadastros, disponibilizar arquivos, portar arquivos e comentários, etc., ou seja, temos contato com todos e em vários níveis. O segundo passo é o portal/site/blog que também vai conter condições semelhantes a do facebook, mas var ser focado no estudo (cursos) e informações. Baseado no estico revista vai conter varias seções como: editorial, agenda, mensagem ao coordenador e catequista, tira duvidas, etc. Todos voltados para nosso dia a dia e as seções  de estudo que vão conter as pautas juntamente com os conteúdos a serem estudados. O terceiro passo é a participação de vocês!! Através do facebook, do blog, do email, etc. O que, entretanto, tornará a comunidade de práticas um espaço vivo, com valor de uso para toda dimensão catequética, é a participação de todos os envolvidos com a catequese. Inscrevam-se , participem, acessem e utilizem a rede de comunidades de práticas nas preparações de seus encontros e reuniões, fazendo dela um novo e importante espaço de construção coletiva do conhecimento e vivencias catequéticas.

Como já temos muitos participantes  no facebook é por lá que vamos começar e por ter muitos participantes é necessário que tenhamos um sistema para filtrar as informações , experiências e novidades que vem até nós. Caso contrario não conseguiremos ser práticos e eficiente na nossa missão. Para ajudar nesta filtragem vamos utilizar o sistema de pautas. Estas pautas serão elaboradas com as sugestões de vocês, com o calendário litúrgico e com os acontecimentos relevantes para dimensão catequética.

Uma vez por semana será montada esta pauta e disposta para leitura, comentários e discussões e no final de uma semana será recolhido às idéias que serão compiladas e resumidas. Após esta fase o resumo ficara disponível na facebook e no blog/site/portal, pronta para uso. Vamos procurar direcionar as idéias para algo prático, pronto para o catequista utilizar, ou pelo menos que lhe de uma idéia inicial, mas desde o inicio vamos deixar claro que não estamos oferecendo receitas prontas, mas lançando luz as idéias e fazendo sugestões para os catequistas, o resto é com eles.

Bem vindo, gostaríamos que esta iniciativa gerasse frutos para todas as comunidades do Brasil, para todas crianças, jovens adultos e que todos aqui e agora experimentassem  o gostinho da vida nova, da vida com abundancia  com Cristo e os irmãos.