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Comissão de catequese da Forania Santos Apóstolos – Arq. De Campinas – sp.
"Adormeci e sonhei que a vida era alegria; despertei e vi que a vida era serviço; servi e vi que o serviço era alegria." (Tagore)

quinta-feira, janeiro 10

Mensagem ao coordenador

 




Os desafios do catequista na busca de formação e o coordenador de catequese. 
 
                                                                 O trabalho do catequista ao longo dos anos vem se resignificando, adquirindo novos paradigmas, novas concepções. O grande desafio dos catequistas atualmente é tentar assumir uma nova dimensão da sua prática catequética. Uma ação calcada no paradigma inovador que reflita um trabalho de busca que ultrapasse a fragmentação do saber. Uma prática norteada por princípios que contemplem a conexão entre o contexto, um catequista mobilizador de saberes, crítico, reflexivo e pesquisador de sua ação e de sua Pastoral, além de conscientizar-se de que é necessária uma formação continuada para a consistência de uma práxis (prática) transformadora. Estudos comprovam que existe a necessidade de que o catequista seja capaz de refletir sobre sua prática e direcioná-la segundo a realidade em que atua, voltada aos interesses e às necessidades dos catequizandos e da comunidade.  
                                                                 Nesse sentido, Freire, (1996, p.43) afirma que: "É pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem é que se pode melhorar a próxima prática." Nóvoa (2002, p. 23) diz que: "O aprender contínuo é essencial e se concentra em dois pilares: a própria pessoa, como catequista, e a comunidade, como lugar de crescimento espiritual permanente." Para esse estudioso português, a formação continuada se dá de maneira coletiva e depende da experiência e da reflexão como instrumentos contínuos de análise. Por isso há uma necessidade de uma formação contínua de sua prática, no sentido de esta oportunizar aos catequistas um entendimento da interação com seus colegas, bem como no próprio contexto comunitário e educacional. No contexto atual, ser catequista remete a uma ação reflexiva, segundo Alarcão (2003) o trabalho da pastoral estrutura-se a partir de algumas indagações: qual o tempo de ser reflexivo? Quem deverá ser reflexivo? Para que ser reflexivo? Sobre o que ser reflexivo? Como ser reflexivo? É possível ser reflexivo? É desejável ser reflexivo? E finalmente para onde vamos com a nossa reflexão? Alarcão (2003) responde às perguntas supracitadas, evidenciando que a reflexão na educação da fé deve partir do princípio de que é preciso agir autonomamente, interroga-se sobre valores da sua coexistência e ainda sobre as finalidades da educação na fé, a catequese 
 
Sendo assim, a reflexão baseia-se na vontade, no pensamento, em atitudes de questionamentos, curiosidade, na busca da verdade e da justiça. O processo de reflexão deve contemplar o catequista, bem como se estende ao catequizando. Dessa forma, a reflexão apresenta-se numa dimensão dinâmica, processual e formativa. É necessário que o catequista reflita sobre a sua prática, o contexto em que ensina e testemunha, sua competência pedagógica, a legitimidade dos métodos que emprega, e as finalidades do ensino na fé.  
 
Perrenoud (1997), enfatiza esse tema levando em consideração a rotina, a improvisação regulada, como também a transposição didática. A rotina e a prática improvisada dos catequistas são marcadas por uma ação que ora se apresenta consciente, mas também se considera um trabalho de reprodução, de tradição coletiva retomada por conta própria ou de hábitos pessoais cuja origem se perde no tempo.  
 
                                                     O catequista em sua ação pedagógica é consciente de que a rotina não pode ser compreendida como processo sem reflexão, ou mesmo como atividades que a cada ano se mostram idênticas, pois os catequistas mesmo com alguns anos de experiências têm dúvidas em seu trabalho pedagógico. Portanto a proposta prático-reflexiva propõe-se um processo contínuo em busca da construção do saber, onde o catequista perceba o seu fazer pedagógico, permitindo-lhe a possibilidade de rever numa perspectiva critica e reflexiva a construção e/ou (re)construção do seu saber/fazer, contribuindo, dessa forma, para a melhoria de sua prática.  
 
Neste ano de 2013, a comissão de catequese da Forania Santos Apóstolos arquid. Campinas - sp convida você coordenador de catequese a pensar nossas formações ou repensa-las. Sua participação é fundamental nestes tempos de mudanças tanto de nossas comunidades quanto de nossa sociedade que leva inevitavelmente a mudança nas atitudes e entendimentos dos catequizandos. Está é a hora de agirmos e buscarmos novos horizontes, novas atitudes e fazermos a diferença na nossa missão de coordenador. Mandem seus comentário e suas sugestões elas são muito importantes e não se esqueçam sua presença também é fundamental.  
 
Referências Bibliográficas  
ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 2. ed. São Paulo, Cortez, 2003.  
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 20ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.  
NÓVOA, Antônio. Formação de professores e profissão docente. In: NÒVOA, Antônio (Coord.). Os professores e sua formação. 2. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1995. p.15-34.  
PERRENOUD, Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: perspectivas sociológicas. Tradução: Faria et al. 2. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1997. 
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